A partir de agora, o HU disponibilizará 360 leitos, dos quais 70% são para atendimento pelo SUS. A unidade tem capacidade de realizar por mês sete mil atendimentos ambulatoriais, 800 internações, 300 cirurgias, 280 partos, 30 mil exames de diagnóstico e 100 próteses auditivas.
A solenidade de entrega dos leitos foi realizada no próprio hospital, onde a presidenta, acompanhada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, governador do Estado Tarso Genro, presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia e o prefeito Jairo Jorge, entre outras autoridades, conheceu algumas instalações.
O ministro Alexandre Padilha também assinou portaria que habilita os novos leitos, cujo investimento mensal será de R$ 1,5 milhão – totalizando R$ 18 milhões anuais.
Atualmente a despesa operacional do HU era de R$ 2,6 milhão, divididos entre os governos estaduais, municipais e federal, sendo que somente o repasse de Canoas é de cerca de R$ 1,5 milhão mensal.
GESTÃO ESTRATÉGICA:
O prefeito Jairo Jorge, destacou a grande conquista para a cidade e Estado que significam os novos leitos. “O Hospital Universitário atende inúmeros municípios. Somente em traumato, são cerca de 140 cidades que o tem como referência”, falou.
O trabalho conjunto de recuperação do HU, capitaneado pela Prefeitura de Canoas com os governos Federal e Estadual também foi citado. “Combinamos a gestão operacional com o processo público, que através de licitação teve como escolhido o Sistema Mãe de Deus como gestor das operações no HU”. O sucesso da iniciativa foi apontado em números pelo prefeito. “Em janeiro tínhamos sete pacientes utilizando os leitos do HU. Hoje, temos quase 200 pessoas internadas, em tratamento”, disse.
A presidenta Dilma Rousseff elogiou o esforço da administração municipal, destacando a grande contribuição do prefeito Jairo Jorge: “O prefeito foi o responsável por propor um modelo muito criativo ao Hospital, que enfrentava dificuldades financeiras. O prefeito propos uma revolução na gestão: assumiu a supervisão publica garantindo que o HU ofertasse leitos ao público, e optou, através de um processo transparente, por uma gestão que recaiu na rede filantrópica, através do Sistema Mãe de Deus”, afirmou.
REDE CEGONHA:
Na ocasião, também foi anunciada a adesão do Hospital Universitário Ulbra à Rede Cegonha, programa que amplia o cuidado à gestante e ao bebê desde o planejamento familiar até os dois anos de idade da criança. A adesão será feita por meio da Casa da Gestante, que funciona dentro do Hospital. Haverá ainda a criação do Centro de Parto Normal, que futuramente funcionará junto ao prédio do hospital.
As Casas da Gestante são locais que funcionam como estrutura de apoio a elas – principalmente àquelas que precisam de cuidados especiais – durante a gestação e após o parto. Atende a mulheres que não podem retornar às suas casas, seja por algum problema de saúde (mas que não requer hospitalização) ou devido a dificuldades de deslocamento até suas residências.
Essas instituições também acolhem as mães de recém-nascidos que tiveram alta de UTI ou UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), mas que ainda demandam cuidados diários de alta complexidade. As Casas contam com plantão diário em enfermagem e visitas médicas.
Os Centros de Parto Normal fazem parte da Rede Cegonha, lançada no último mês de março pela presidenta Dilma. O objetivo desses Centros é humanizar o nascimento da criança, oferecendo às gestantes um ambiente com maior privacidade para o momento do parto.
As unidades contam com enfermeiros obstétricos e, se necessário, equipe médica. Os Centros de Parto Normal foram concebidos a partir de experiências e modelos positivos desenvolvidos em países como Holanda, França e Inglaterra.
HISTÓRICO:
Em janeiro deste ano, o Sistema de Saúde Mãe de Deus, instituição filantrópica tradicional do estado, assumiu a gestão assistencial, administrativa e financeira do Hospital Universitário Ulbra, que está sob concessão à Prefeitura de Canoas. A assinatura do convênio entre a Prefeitura de Canoas e a instituição, com prazo de cinco anos para vigorar, contou com o apoio do Ministério da Saúde.
Fonte:Jesiel B. Saldanha Secom/PMC
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