O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo repudia a violência desmedida empregada pela Polícia Militar paulista e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) contra os jornalistas Félix Lima, da empresa Folha da Manhã, e Osmar Bustos, do Cremesp e correspondente do jornal Página 12 e Toda Notícia, de Buenos Aires, por ocasião da cobertura da “Marcha da Maconha”, ocorrida na tarde do último sábado (dia 21), nas imediações da Avenida Paulista, na capital paulista. A manifestação foi proibida por determinação da Justiça.
O repórter da Folha foi agredido por um policial militar, que o derrubou no chão com uma rasteira, enquanto guardas da GCM, da Prefeitura de São Paulo, tentam arrancar-lhe a força o equipamento fotográfico, atitude autoritária somente vista em regimes de exceção. Já o repórter fotográfico argentino, que trabalha também no Cremesp, recebeu dois tiros com balas de borracha nas costas. As dores levaram-no para atendimento na Santa Casa de Misericódia de São Paulo. Ele pessoalmente compareceu ao Sindicato dos Jornalistas para relatar a sua indignação e solicitar providências. Os disparos foram efetuados pela Tropa de Choque.
Os jornalistas Félix Lima e Osmar Bustos estavam no pleno exercício de suas funções e foram impedidos de realizar suas atividades através de ato covarde e desmedido realizado por agentes de segurança pública do governo de São Paulo, cuja atribuição é apenas a de manter a ordem. Ao invés disso, agrediram covardemente repórteres e cinegrafistas que apenas trabalhavam, efetuando a cobertura de uma manifestação popular.
O Sindicato exige que os policiais que praticaram os atos de agressão covarde contra os jornalistas sejam identificados e punidos para que episódios desta natureza não voltem a ocorrer por ocasião das coberturas jornalísticas.
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