A criação de novos espaços nos bairros, praças e parques para o livro, além da multiplicação de projetos e eventos relacionados à leitura como prioridade na política cultural de Canoas, estão reforçando progressivamente o estímulo a esse hábito na cidade. Após o sucesso da 26.ª Feira do Livro, que mobilizou 350 mil circulantes em 2010, e a criação de bibliotecas descentralizadas nas quatro subprefeituras - que representam o governo municipal nas regiões - as praças e os mediadores de leitura são os mais novos instrumentos na execução dos projetos nessa área.
Além da implementação dos biblioparques nos dois principais parques municipais (Eduardo Gomes e Getúlio Vargas), a inauguração da terceira bibliopraça na cidade, no último dia 19, não só fortalece a imagem de Canoas com a leitura, como insere o livro nos espaços públicos como estratégia de construção de cidadania. Essas iniciativas disponibilizam os livros em cinco praças de grande concentração urbana (três já inauguradas e mais duas até junho), e inserem as comunidades locais na responsabilidade pela manutenção desses espaços, estimulando, com isso, a identificação da participação popular com a valorização do livro.
Mediadores e contadores:
Com o lançamento do edital dos Agentes de Leitura nesta segunda-feira, 28 (FOTO), mais um instrumento de transformação cultural - por meio da inclusão, da geração de oportunidades e da modificação cultural do próprio operador da proposta - se soma a essas iniciativas relacionadas ao estímulo a leitura na cidade. Eessa iniciativa, viabilizada com recursos do Ministério da Cultura, a patir do programa Mais Cultura, vai permitir que jovens de comunidades carentes incentivem seus vizinhos a ler e, alé disso, complementem suas próprias rendas.
Ainda com ênfase no estímulo a leitura, a experiência com bonecos e contação de história, como a realizada por meio do projeto A Hora do Conto, tem fortalecido Canoas como referência nas estratégias de mediação de leitura, tendo como meio a contação. Um seminário, realizado na cidade no ano passado e, mais recentemente, um encontro de contadores, realizado nesse mês em Canoas, expressam essa projeção. Com essa estratégia de priorização do livro, da leitura e da literatura na política cultural, a atual gestão municipal tem diversificado os canais de acesso a um simples, mas poderoso, instrumento de emancipação social: o hábito de ler.
PMLLL, outra referência:
Um dos maiores reflexos dessa soma de iniciativas e experiências na área de livro e leitura de Canoas foi a aprovação, em dezembro do ano passado, do Plano Municipal de Livro, leitura e Literatura (PMLLL) de Canoas. Esse instrumento público, baseado diretrizes de implementação do Plano Nacional do Livro e leitura (PNLL), e capitaneado pelas secretarias municipais de Cultura e de Educação, é um pacto pelo Livro na cidade, visando fazer de Canoas uma Cidade de Leitores, tanto do ponto de vista cultural como educacional.
Atualmente, o PMLL é utilizado como referência para a aplicação de propostas em cidades no Estado e fora dele. Após a apresentação do PMLLL, feita pelo então secretário de Cultura canoense Jéferson Assumção, na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, as cidades de Congonhas (MG); Guarulhos (SP); Recife (PE); Caxias do Sul (RS); Porto Alegre (RS) e o Estado do Maranhão, já formalizaram sua intenção de ter o Plano canoense como referência para a montagem de seus trabalhos.
Fonte:Secom/PMC
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