Na tentativa de amenizar a saudade do "sorriso e das caretas" do filho Thiago, de 18 anos, que se afogou em 1º de novembro ao ficar preso em um cabo de rede de pesca quando surfava em Capão da Canoa, a educadora Neuza Rufatto revê em um notebook fotos em que o jovem aparece em viagens e festividades. "Ele adorava o mar, surfava desde os 10 anos." Já para transformar a dor por esta perda em uma causa, ela se uniu a familiares de outras vítimas de afogamento em praias gaúchas e a surfistas para fundar em 16 de dezembro o Instituto Thiago Rufatto - ONG Mar Seguro. Nesta semana, a entidade será registrada em cartório, permitindo que o grupo possa levar adiante projetos que visem a proteção de banhistas e praticantes de esportes, além da conservação do meio ambiente.
Atualmente, 75 pessoas participam da iniciativa, reunindo-se na casa de Neuza, no bairro Marechal Rondon. A ideia é iniciar ações de conscientização a partir de janeiro, como a distribuição de panfletos, alertando as pessoas não só quanto à segurança para prática do surfe, mas em defesa da vida de todos os veranistas. "Somente após a morte do Thiago é que passei a perceber o descaso e a precariedade da estrutura de apoio aos salva-vidas, primeiros-socorros e hospital no litoral", afirma Neuza, presidente de honra da ONG.
Fonte:DC
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