Coordenada pela Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD/Denarc), a ação revelou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 500 milhões, com ramificações em cinco estados brasileiros.
A operação mobilizou 200 policiais e cumpriu 17 mandados de prisão preventiva e 48 de busca e apreensão.
O alvo principal? Uma organização criminosa que, sob a fachada de empresas legítimas, ocultava recursos vindos do tráfico de drogas. Entre os bens bloqueados estão 15 fazendas com pistas de pouso, 13 imóveis de luxo, dezenas de carros de alto padrão e contas bancárias de 29 pessoas físicas e jurídicas.
Estima-se que o valor total dos bens sequestrados ultrapasse R$ 122 milhões.
O esquema funcionava como uma verdadeira “empresa” do crime, com hierarquia rígida e divisão clara de funções.
No topo estava o líder da organização, que comandava três gerentes financeiros responsáveis pela administração de ativos ilícitos. Para dificultar a detecção, o grupo utilizava “laranjas” como sócios em empresas de fachada, além de simular investimentos em cooperativas, fintechs e fundos. Tudo isso acompanhado de transações financeiras cuidadosamente disfarçadas para escapar dos sistemas de controle dos bancos.
“A sofisticação era impressionante. Eles usavam códigos em nomes e diálogos, dividiam tarefas com precisão e aplicavam fraudes complexas.
Mesmo pessoas sem antecedentes criminais foram cooptadas para participar do esquema”, explicou o delegado Adriano Nonnenmacher, titular da DRLD/Denarc.
Segundo ele, as investigações mostraram que a organização estava infiltrada em setores como revendas de veículos, supermercados e serviços de saúde.
Além do Rio Grande do Sul, a operação teve desdobramentos em Santa Catarina, Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul, com mandados sendo cumpridos em cidades como Camboriú, Curitiba e Corumbá.
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