As investigações, conduzidas pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor, identificaram a adição de soda cáustica e água oxigenada em produtos como leite UHT, leite em pó e compostos lácteos.
Além disso, foram encontrados "pelos indefinidos" e pontos de sujeira em embalagens.
A Justiça não autorizou, até o momento, a divulgação das marcas envolvidas.
Em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Receita Estadual, FEPAM e Polícia Civil, o MPRS realizou 16 mandados de busca e apreensão e prendeu quatro pessoas, incluindo o químico, o sócio-proprietário da indústria, em São Paulo, e dois gerentes.
O "alquimista", que deveria estar usando tornozeleira eletrônica, seguia ativo, aprimorando técnicas para evitar a detecção das fraudes nos exames.
Novas práticas criminosas :
Segundo o promotor Alcindo Luz Bastos, a soda cáustica era usada para ajustar o pH do leite, mascarando a acidez, enquanto a água oxigenada eliminava micro-organismos em produtos em deterioração.
Os criminosos também reciclavam compostos vencidos, reintroduzindo-os na cadeia produtiva.
O promotor Mauro Rockenbach destacou que, desde 2017, as irregularidades haviam diminuído, mas a denúncia de 2024 trouxe à tona uma nova ameaça, revelando a participação do "alquimista" em esquemas ainda mais sofisticados.
Impactos e distribuição :
A fábrica de Taquara distribui produtos para todo o Brasil e até para a Venezuela.
Recentemente, venceu licitações para fornecer laticínios a escolas de uma cidade paulista.
O MPRS aguarda exames detalhados para identificar lotes contaminados e determinar os impactos exatos.
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