Ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza resultou na morte do jornalista da Al Jazeera Anas Al-Sharif, 28 anos, e de outros quatro profissionais da emissora ontem, segundo autoridades locais e a rede de televisão sediada no Catar.
O grupo estava em uma tenda próxima ao Hospital Al-Shifa, na região leste da Cidade de Gaza, quando foi atingido.
De acordo com informações divulgadas pela Al Jazeera, os outros jornalistas mortos foram Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, além de um assistente. Autoridades de saúde de Gaza informaram que o ataque também matou outras duas pessoas e danificou a entrada do setor de emergências do hospital.
Al-Sharif integrava, em 2024, a equipe da agência Reuters que venceu o Prêmio Pulitzer de Fotografia de Última Hora pela cobertura da guerra entre Israel e Hamas.
Em comunicado, os militares israelenses fizeram supostas afirmações que Al-Sharif era chefe de uma célula do Hamas e teria sido responsável por promover ataques com foguetes contra civis israelenses e tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI), citando também supostas informações de inteligência e documentos encontrados em Gaza.
A Al Jazeera negou as acusações e lamentou a morte do jornalista, que trabalhava para a emissora, banida de Israel sob alegação de representar “ameaça à segurança nacional”. Segundo a rede, cerca de 250 jornalistas foram mortos desde o início da ofensiva israelense em Gaza, há 662 dias.
Órgãos representativos da imprensa internacional condenaram o ataque e criticaram a postura de Israel em relação à segurança e à liberdade de atuação de profissionais de comunicação em zonas de conflito.
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