Em carta oficial enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump justificou a medida com críticas ao tratamento dado pelo governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem disse respeitar profundamente.
Ele classificou a situação como uma "vergonha internacional", alegando que Bolsonaro foi um líder admirado mundialmente, inclusive pelos EUA.
Além disso, Trump acusou o Brasil de promover ataques contra empresas de tecnologia norte-americanas, citando como exemplo decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria emitido ordens de censura ilegais a plataformas de redes sociais dos EUA.
Segundo ele, essas ações violam a liberdade de expressão e afetam negativamente as relações entre os dois países.
O presidente norte-americano afirmou que a tarifa será aplicada de forma ampla, sem exceções setoriais, como resposta a essas práticas.
Trump também defendeu a tarifa como uma medida para corrigir desequilíbrios históricos no comércio bilateral, alegando que os EUA vêm sendo prejudicados por um relacionamento comercial desigual.
Ele sugeriu que empresas brasileiras poderiam evitar a tarifa transferindo parte de sua produção para território americano, prometendo agilizar processos para facilitar essa mudança.
Ainda advertiu que qualquer retaliação tarifária por parte do Brasil será somada à nova taxa imposta.
Por fim, Trump anunciou a abertura de uma investigação formal sobre práticas comerciais do Brasil, especialmente em relação ao ambiente digital e à atuação contra empresas norte-americanas.
A medida permite aos EUA adotar respostas unilaterais.
No entanto, ele sinalizou que poderá reconsiderar a tarifa caso o Brasil mude suas políticas comerciais, eliminando barreiras e abrindo mais seu mercado aos produtos norte-americanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário