
Foram suficientes 10 horas de diferença para selar um relacionamento que durou 74 anos.
O namoro começou quando Odileta ainda tinha 15 anos.
O casamento aconteceu no 15 de abril de 1951, no dia em que Paschoal completou 20 anos.
Da união nasceram seis filhos. Sílvia, a primogênita, morreu de leucemia em 1997, aos 33 anos.
Em entrevista ao jornalista da Folha de São Paulo, Claudinei Queiroz, o filho do casal, Luciano de Haro, 63 anos, contou que nos últimos anos, Odileta desenvolveu Alzheimer e passou a ser cuidada pelo marido.
Ele, porém, descobriu um câncer no intestino em 2023.
O seu tratamento, disseram os médicos, seria apenas paliativo.
"Ele tinha muita preocupação com minha mãe.
Ela passou por período muito difícil ano passado, com infecções urinárias. Comentou com a assistente social da Santa Casa que tinha muito medo de que ele fosse primeiro e ela ficasse sofrendo.
Ele pedia a Deus para levá-la primeiro e ele no mesmo dia.
E foi realmente o que aconteceu, com dez horas de diferença.
Ela às 7h e ele às 17h", conta Luciano.
"Eles ficaram na mesma sala de velório e ela foi enterrada na frente e ele na sequência, como queria."
Odileta e Paschoal morreram no dia 17 de abril, aos 92 e 94 anos, respectivamente, no mesmo quarto de sua casa, cercados pela família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário