A votação que definiu pela revogação ocorreu no fim da tarde, sem nenhum voto contrário e apenas uma abstenção.
O texto que excluiu a efeméride do calendário oficial da cidade foi editado em reunião extraordinária de líderes, convocada no início da tarde pelo presidente da Casa, Hamilton Sossmeier (PTB), após repercussão nacional do caso, a partir de reportagem na sexta.
A reunião da tarde, antes da sessão plenária, não foi pacífica.
Houve embate entre os vereadores presentes sobre como se daria o processo para a revogação, se partiria de um projeto da Mesa Diretora ou se dariam seguimento à proposta de Karen Santos (PSOL), protocolada na sexta e que, àquela altura, contava com outras 14 assinaturas do total de 36 parlamentares.
Além disso, o consenso só foi construído após a retirada de trechos da proposta original sobre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a prisão de cerca de 1,4 mil pessoas em razão dos ataques aos Três Poderes e a investigação da CPMI no Congresso.
Karen Santos considerou uma vitória ter sido mantida a autoria da proposta.
“A gente tem uma briga com esse setor da extrema direita, então para nós era muito valioso conseguir repercutir o que aconteceu e colocar a Câmara nessa exposição negativa para demonstrar que esse setor (extrema direita) existe e segue atuando”, concluiu.
Também ontem o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, mandou suspender a lei municipal.
O caso chegou à Corte após pedido da Procuradoria-Geral da República.

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