As festas caipiras têm origem em São Paulo e há uma devoção muito grande a São João (24), ao santo casamenteiro Santo Antonio (13) e ao responsável por guardar a chave do céu, São Pedro (29).
São festas religiosas onde, no passado, se erguia um mastro nas casas ou nas comunidades, colocando-se uma imagem de um dos santos mais venerados.
No entanto, é comum no Rio Grande do Sul, festejar o mês de junho com festas típicas caipiras, que não têm nada a ver com a cultura gaúcha.
Claro que são influências vicentinas dos bandeirantes que por aqui passaram no início da colonização.
O pior de tudo é que há uma ridicularização do caipira, mostrando um tipo humano pobre, com roupas rasgadas, remendadas, desdentados, com chapéus de palha esfiapados, as mulheres com pinturas extravagantes, com expressões cômicas - verdadeiros palhaços.
Concluindo, um verdadeiro desrespeito com o caipira que vive no interior de São Paulo e Minas Gerais.
A nossa festa junina deve ser feita com os nossos trajes típicos, a pilcha gaúcha, sem remendos nas bombachas, sem pinturas no rosto, sem chapéu de palha, sem camisas enxadrezadas, etc.
Temos a nossa culinária típica: arroz de carreteiro, paçoca de charque e de pinhão, arroz doce, pratos com carne de ovelha, galinha encilhada, sapecada de pinhão e por que não, o churrasco.
Pipoca, batata-doce, rapadura de amendoim, pé de moleque, pão de ló e pão de milho, são pratos indispensáveis.
Ao invés de fazer um carnaval fora de época, baile e casamento caipira, por que não dançar o pezinho, o balaio, o maçanico ou então, as danças gaúchas de salão, sem fantasias?
Há muitas brincadeiras que podem ser resgatadas, como o pau de sebo, a dança da batata, a corrida do saco, as corridas do casal, do bastão e da colher.
Pode-se declamar, cantar, contar causos.
As bebidas típicas são o quentão, o vinho, o pula-macaco, a concertada, o ponche e a jurupinga.
Quanto as fogueiras, hoje fica difícil acender em locais citadinos, por questões de segurança.
Mas, é uma tradição que vem dos povos do norte, comemorando a chegada da época das colheitas, coincidindo com o solstício do verão, representando a fixação e conservação da força do sol para espantar as calamidades e demônios.
O Santo mais venerado dos gaúchos é o São Pedro, padroeiro do Rio Grande do Sul, e a sua fogueira tem a base em triângulo.
As fogueiras de Santo Antonio e de São João, têm as bases em forma de quadrado e circular, respectivamente.
O que é inaceitável, são os professores incitarem os seus alunos a cometerem estas barbaridades culturais.
Falta estudar mais sobre nós mesmos e impedir que a mídia dirija as manifestações culturais que são próprias de cada região do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário