Juramento do Jornalista

Juro exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação. Atuarei dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação. Buscarei o aprimoramento das relações humanas e sociais,através da crítica e análise da sociedade,visando um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros.

Tradicionalismo além fronteira, amor a cultura e tradição.

Na última semana de fevereiro, dia 24 ocorreu a 15ª Convenção da Confederação Brasileira da Tradição Gaucha (CBTG) na sede do MTG em Porto Alegre. Nesta ocasião a 1ª Prenda Veterana do CTG Desgarrados do Rio Grande do Sul MTG / SC-  Tanise Ramos Feliciani, recepcionou o casal Darcilene Rodrigues Francklin Maia 1ª Prenda Xirua MTG/SP e o Presidente do MTG/SP Jorge Francklin Maia. Nesta rápida visita, Tanise conversou com a 1ª Prenda Xirua e realizou uma entrevista.
Eu sou Darcilene Rodrigues Santos Francklin Maia, atualmente sou 1ª Prenda  Xirua (Veterana) do MTG/SP e esposa do atual Presidente do MTG/SP Jorge Francklin Maia. Minha trajetória na tradição gaúcha iniciou lá no final de 2009 quando comecei a frequentar o CTG Saudade do SUL em Embu das Artes/SP, onde conheci meu esposo. Amei a primeira vez que vi a invernada artística se apresentando, e logo em seguida entrei para mesma invernada, onde aprendi a dançar e comecei a participar dos jogos tradicionalistas. Aprendi a jogar bocha mundial e Sul americana, bocha Campeira, Tetarfe que são três jogos em um, Tejo, Tava (jogo do osso)  Argola e ferradura. Foi muito bom, uma experiência incrível! Só não aprendi ainda a jogar o Truco, mas estou me esforçando em aprender...
Depois mais adiante comecei a pesquisar sobre o Tradicionalismo Gaúcho, onde aprendi muito, principalmente sobre a cultura e a história do Rio Grande do Sul. Gradativamente fui Participando de vários Festivais Estaduais e Nacionais. Hoje somos tri campeões em dança tradicional Estadual e nos jogos tradicionalistas, até que então me tornei Prenda Veterana no meu CTG - 2013/2015. Dali em diante minha vida é essa emoção toda! Sempre empenhada em querer só divulgar a tradição gaúcha onde quer que eu vá....
Fui eleita Prenda Veterana do MTG/SP,2015/2017 depois como aqui em São Paulo temos a categoria Xirua, foi eleita Prenda Xirua MTG/SP em 2017 e minha gestão vai até 2020. Não é fácil fora do Rio Grande do Sul cultuar a tradição. Certa vez fomos fazer a uma apresentação artística em numa escola na cidade vizinha, quando chegamos lá fomos bem recebidos e enfim, até que um aluno nos perguntou "qual era nossa fantasia?" Tive que explicar que não estávamos fantasiados, mas sim mostrando uma cultura que vinha do Estado do Rio Grande do Sul, e que a nossa vestimenta (indumentária) representava uma época da história. Comentei que ele também poderia conhecer essa nossa cultura e vir a participar... O menino agradeceu e saiu todo contente para passar a informação aos outros colegas.
São situações como esta que as vezes passamos, mas isso é bom ao mesmo tempo pois colocamos em prática o que vamos aprendemos com as pesquisas e palestras, as experiências que vamos adquirindo a cada novo evento.
Em São Paulo para se trazer um grupo musical gaúcho, o custo é alto e consequentemente o valor a ser cobrado num evento torna-se elevado. O nosso MTG não tem recursos nem apoio Cultural, sobrevive das anuidades pagas pelos CTGs filiados, e quando tem Festivais cada CTG paga para suas invernadas participarem. Quando vamos a um festival Nacional (FENART E RODEIO DOS CAMPEÕES) o certo seria o MTG arcar com algumas despesas, mas não é o caso, o MTG/SP não tem condições financeiras para isso, não temos apoio ou patrocínio. Mas isso não nos esmorece. Nós aqui em São Paulo tentamos em nosso CTG arrecadar fundos através de vendas de rifas, almoços e outros eventos fora do CTG, fazendo apresentações artísticas para arrecadar esses fundos.
Aqui em São Paulo temos dificuldade em constituir invernadas, principalmente nas categorias mirim e juvenil, pois mesmo não cobrando aulas, essa faixa etária requer o acompanhamento dos responsáveis, que vão levar ao CTG, isso tem custo de transporte, de indumentária, e não são todos que às vezes tem condições - mas estamos trabalhando nisso para melhorar... Sabemos que para manter um galpão de CTG temos as despesas fixas, e o nosso CTG Saudade do Sul, mesmo com toda essa crise estamos conseguimos aos trancos e barrancos superar essas dificuldades. Me lembro que quando entrei para a invernada artística, ouvia muitos comentários de alguns gaúchos, que o nosso CTG era forrozeiro, somente depois de um tempo, conhecendo os outros CTGs aqui do nosso Estado, entendi o porquê: nosso CTG para driblar a crise, começou a fazer outros eventos como bailes da melhor idade, festa junina, festa do chopp, etc, mas tínhamos no primeiro domingo do mês a nossa tradicional domingueira com costela fogo de chão e uma vez por mês um baile gaúcho.Tudo isso era para arrecadar e manter o nosso galpão e atualmente continua se fazendo.
Divulgar o tradicionalismo gaúcho para mim é como uma religião. Sempre falo onde vou que sou "PAULIÚCHA" Paulista, mas Gaúcha de coração!
Eis aqui um pouco de minha trajetória desde que passei a cultuar a tradição gaúcha, tradição esta que amo muito e desejo dividir com todas as gerações e companheiros amigos de São Paulo, e demais gaúchos de todo Brasil!
O Casal participou do evento Conversas Entrelaçadas realizado pela 1ª Prenda Veterana do DTG Lenço Colorado do S.C.Internacional  Gilcéia Souza e do Programa Galpão do Nativismo na Rádio Gaúcha com Dorotéo Fagundes de Abreu, onde relataram também deixaram seu relato sobre ser tradicionalista fora do Rio Grande do Sul.

Crédito Fotos e Entrevista:
Tanise Ramos Feliciani
1ª Prenda Veterana 2016 / 2018

CTG Desgarrados do Rio Grande do Sul



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