A praça localizada junto ao viaduto da BR-116, na Avenida Getúlio
Vargas, Bairro Niterói, no acesso a Canoas, sentido Porto Alegre-interior,
passou a se chamar Alfeu de Alcântara Monteiro. O projeto de lei é de autoria
do vereador Ivo Fiorotti (PT).
Na tarde de sexta-feira , o busto do
homenageado e uma placa foram entregues na praça, que antes de ser revitalizada
pela Prefeitura, em 2014, servia como depósito irregular de lixo.
Presente à cerimônia, o tenente-coronel
Avelino Jost, 90 anos, última pessoa a manter contato com Alfeu antes do
assassinato dele, contou como foram os últimos momentos do colega e disse que é
testemunha de processo que ainda está em andamento.
História:
Gaúcho de Itaqui,
o militar da Força Aérea Brasileira Alfeu de Alcântara Monteiro foi o primeiro
militar morto em defesa da democracia no Brasil, vítima do golpe de estado de
1964. Ele foi assassinado três dias após o golpe militar que derrubou o presidente
João Goulart.
Monteiro levou seis tiros de outro oficial quando chegava à 5ª Zona Aérea de
Canoas (atual Ala III da Aeronáutica). Ele era nacionalista e defensor dos
direitos e garantias constitucionais. Engajou-se na linha de frente do
movimento pela legalidade que o governador gaúcho Leonel Brizola e o comandante
do III Exército, general Machado Lopes, encabeçaram em Porto Alegre contra a
tentativa de golpe militar em 1961.
O tenente-coronel foi um dos responsáveis por impedir que os aviões decolassem
de Canoas para bombardear o Palácio Piratini, sede da resistência legalista,
desobedecendo a ordens expressas emitidas por autoridades militares
superiores.
Fonte: Eloá da Rosa Secom/PMC
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