Hoje terá um segundo a mais que os habituais 86.400
segundos. O motivo é que a rotação da Terra está mais lenta, de acordo com
informações da Agência Espacial Americana (Nasa), gerando uma disparidade entre
o tempo real de um dia e o contabilizado pelo Tempo Universal Coordenado (UTC),
medida padrão usada em todo o mundo.
A base do UTC é o relógio atômico, o mais preciso do
mundo. Nesse relógio, a duração do tempo é medida a partir de transições
eletromagnéticas em átomos de césio. Essas transições são totalmente
confiáveis. O aparelho determina com exatidão a duração dos segundos, minutos,
horas e dias. É a medida que define a hora oficial em todo mundo.
Entretanto, o movimento de rotação da Terra não é tão
preciso. A duração dos dias reais é influenciada por numerosos fatores. Os
movimentos do manto da Terra e dos oceanos, as estações do ano e as variações
no clima podem diminuir a velocidade de rotação do planeta, aumentando a
duração dos dias em até 1 milésimo de segundo.
Parece pouco, mas o acúmulo dessas frações produzem
uma defasagem entre o tempo medido pelo UTC e o tempo real da rotação da Terra.
Por essa razão, o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da
Terra, encarregado pela manutenção das duas escalas e pelo ajuste da UTC,
determinou o acréscimo de um segundo "bissexto" para esta
terça-feira.
Segundo informações do Observatório Nacional,
responsável pela conservação e disseminação da Hora Legal Brasileira, o
primeiro ajuste no UTC ocorreu em 1972. Desde então, 26 segundos foram
acrescentados. Até marcar 21h, nesta terça-feira, o horário de Brasília ficará
como 20 horas, 59 minutos e 59 segundos por dois segundos.
*Agência Brasil
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