Em entrevista coletiva realizada hoje, a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que trata do ex-presidente Lula disse que a biópsia mostrou que o tumor na laringe do petista tem um “nível de agressividade médio”, e que se não for tratado pode crescer “razoavelmente”.
“É o tumor mais comum dessa região, tem agressividade clássica dos tumores dessa região. É considerado um tumor intermediário, que tem um crescimento razoável se não for tratado. (...) O tumor foi detectado em um estágio intermediário. Ele é relativamente inicial, mas não tão inicial que dê para resolver com uma pequena cirurgia, mas ele é localizado, para nós isso é muito importante”, afirmou o médico Paulo Hoff, oncologista da equipe, que descartou por enquanto a realização de um procedimento cirúrgico.
Os demais médicos também refutaram a necessidade de uma cirurgia, que incluiria a retirada de uma parte das cordas vocais. “Até 20 anos atrás ele seria tratado com cirurgia. Estudos agora mostram que o resultado da cirurgia e da quimio e radio em termos de cura são exatamente iguais. Além de oferecer as mesmas possibilidades de cura, tem uma possibilidade enorme de preservar a laringe em sua integridade, com preservação da voz”, completou o cirurgião Luiz Paulo Kowalski.
Os médicos afirmaram que Lula será submetido a três sessões de quimioterapia e, em janeiro, a uma de radioterapia. Se tudo correr bem, o tratamento será encerrado em fevereiro.
Junto à quimioterapia, o ex-presidente vai passar por sessões de fonoaudiologia, devido a possíveis alterações na voz. Segundo os médicos, ele está “tranquilo, de excelente humor”. Eles voltaram a dizer que as chances de cura são altas, mas evitaram fazer qualquer prognóstico sobre a participação do petista nas eleições municipais de 2012.
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