O motorista responsável pelo atropelamento de ciclistas em Porto Alegre, na última sexta, justificou o ato alegando que estava sendo ameaçado pelos integrantes do Massa Crítica antes de avançar seu Golf preto sobre o grupo. “Eles estavam batendo no carro (durante a marcha). Se eu ficasse ali, seria linchado”, afirmou o bancário Ricardo Neis, após depoimento à Polícia Civil.
Neis saiu do depoimento escoltado por policiais e chegou a se irritar com as primeiras perguntas dos jornalistas. Segundo ele, antes do atropelamento houve discussão e os ciclistas teriam agido de forma violenta. “Poderíamos ter feito tudo de forma ordeira, mas eles bateram no carro. Quando houve uma brecha, tentei avançar e eles agrediram violentamente, deram vários socos. Me desesperei e queria sair dali o mais rápido possível”, descreveu.
Alguns defendem o motorista, afirmando que os ciclistas não tomaram as medidas adequadas para garantir a segurança de todos durante o passeio. A Polícia Civil confirma que houve imprudência. "O grupo deveria ter comunicado a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) e a Brigada Militar sobre o passeio. Um para coordenar o trânsito e permitir o amplo direito de ir e vir, o outro para segurança".
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