A criação do Fórum Social Mundial teve sua origem nas grandes manifestações em Seattle, durante o encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC), em novembro de 1999, e naquelas realizadas em Washington, em 2000, contra as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Milhares de organizações civis, que travavam lutas isoladamente, passaram a se organizar enquanto movimento planetário de resistência à globalização neoliberal e por alternativas de desenvolvimento com justiça social, sustentabilidade e a democracia participativa.
Desde 2001, quando se realizou pela primeira vez em Porto Alegre, com o lema o “outro mundo possível”, o Fórum Social Mundial vem se contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne ricos e poderosos do mundo na formulação do “pensamento único” neoliberal. O FSM e o chamado “espírito de Porto Alegre” ganharam o mundo. A escolha da capital gaúcha para a realização do Fórum Social Mundial em quatro edições decorreu da natureza das experiências vividas em terras gaúchas com governos de esquerda.O Fórum saiu de Porto Alegre para realizar-se nos diferentes continentes (Américas, Europa, África e Ásia) e voltou em 2009 à Belém, na Amazônia brasileira. Passou a se realizar não apenas como evento mundial, mas também através de fóruns continentais, nacionais, locais e temáticos. Esta rica trajetória exige agora uma reflexão mais sistemática para avaliações e projeções.
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