Esses oficiais, altamente treinados e considerados a elite da aviação militar, passam por uma formação que dura cerca de sete anos e representa um investimento significativo para os cofres públicos. No entanto, as condições de trabalho na FAB, marcadas por jornadas longas e irregulares, têm levado muitos a migrarem para a aviação civil, que oferece salários mais atrativos e uma rotina menos desgastante, com maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
O problema é intensificado pela obsolescência dos caças F-5EM, com mais de 50 anos de uso, e pelos atrasos na entrega dos modernos Gripen F-39E, que são cruciais para modernizar a frota da FAB.
Sem aeronaves adequadas para treinar e operar, os pilotos ficam desmotivados, enquanto a FAB perde sua capacidade de executar missões essenciais de defesa aérea. Essa transição de profissionais para o setor civil não só enfraquece a prontidão militar do Brasil como também traz à tona dúvidas sobre o futuro da defesa nacional em um contexto de desafios crescentes.
Além disso, há insatisfação com os critérios de ascensão na hierarquia militar.
Segundo um coronel da Aeronáutica, para progredir na carreira é mais relevante servir no Grupo de Transporte Especial (GTE), responsável por voos executivos para políticos, do que atuar como piloto de combate.
Essa mudança de foco tem reduzido a relevância dos aviadores operacionais dentro da estrutura da FAB, contribuindo para o descontentamento dos mais jovens e a evasão de talentos em um momento crítico para a instituição.
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