Dono
de frases antológicas como "ninguém tem paciência comigo" e "não
contavam com a minha astúcia", que marcaram gerações de fãs em toda a
América Latina, Roberto Gómez Bolaños, criador dos seriados "Chaves"
e "Chapolin", morreu hoje aos 85 anos. Bolanõs foi humorista,
escritor, ator, produtor de cinema, televisão e teatro.
A causa da morte,
ocorrida às 14h30 (horário do México) em casa em Cancún, não foi confirmada. Em
fevereiro deste ano, quando Roberto Bolaños completou
85 anos, um parente confirmou à agência de notícias Efe que a saúde dele era
“frágil” e que ele permanecia quase o tempo todo na cama, com acompanhamento 24
horas por dia.
Segundo a CNN mexicana, o ator Edgar Vivar, que interpretou o Senhor
Barriga, disse que o corpo do comediante será levado à Cidade do México, onde
será velado.
Trajetória:
Roberto Bolaños tirou seu apelido do dramaturgo William Shakespeare, cujo
diminutivo em espanhol era "Chespirito". Há alguns anos, ele se mudou
para Cancún, no México, junto com a mulher Florinda Meza, a Dona Florinda da
série.
Bolaños nasceu na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929. Estudou
engenharia, mas nunca exerceu a profissão. Praticou boxe e era um fanático
torcedor do clube de futebol América. Começou sua carreira profissional na
publicidade, onde começou a trabalhar em roteiros.
Casou-se pela primeira vez com a escritora Graciela Fernández, com quem
teve seis filhos. Só em 2004 oficializaria seu casamento com a atriz Florinda
Meza, a Dona Florinda.
Aos 80 anos, perguntaram a ele sobre a sua relação de décadas com a
atriz Florinda Meza. "Já estamos há 30 anos casados", respondeu.
"Temos um casamento sólido que só a morte acabará com ele... ou a
Shakira!".
Ganhou o apelido de Chesperito do diretor de cinema Agustín P. Delgado
por causa do 1,60 de altura.
Foi só em 1968 que começou sua carreira de ator, na emissora TIM, em séries
como “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada” e “El Ciudadano Gómez”, em espaços
de 30 minutos de duração aos sábados.
Foi só na década de 1970 que começaram a ser exibidos as séries que
fizeram de Bolaños um gigante do humor: "Chespirito",
"Chapolin" e "Chaves". A partir de 1973, quase todos os
países da América Latina tinha na programação de TV episídios dos programas.
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