Em coletiva na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o delegado Joerberth Pinto Nunes, responsável pela Operação Kilowatt, deflagrada nesta manhã, deu detalhes sobre a ação. De acordo com o delegado, o objetivo da ação foi combater fraudes na administração pública envolvendo licitações, corrupção passiva de servidores públicos e principalmente empreiteiras. Segundo Nunes, as obras eram superfaturas e as empreiteiras recebiam o valor total da obras sem que as mesmas estivessem concluídas.
Ao todo, são seis obras investigadas. Entre elas estão uma Fundação de pesquisa de Porto Alegre, uma escola da Capital e uma escola de São Leopoldo. Segundo a Polícia Civil, a reforma e ampliação de uma subestação de energia elétrica em Porto Alegre foi uma das obras fraudadas. Durante as investigações foram encontrados itens com mais de 100% de superfaturamento em obras da Secretaria Estadual de Obras.
De acordo com Joerberth, 4 empresários e 4 servidores públicos foram presos na manhã desta quinta-feira. A polícia não vai divulgar nomes de envolvidos e nem o nome das empresas por questões estratégicas de investigação. As investigações começaram em fevereiro de 2013.
Segundo Nunes, os envolvidos serão indiciados por corrupção ativa e passiva, peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e crimes licitatórios, entre eles fraude de licitação e superfaturamento de valores.
Os mandados foram cumpridos em Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Ivoti, Nova Petrópolis e Canela. Em São Paulo, os alvos foram os municípios de Campinas e Limeira.
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