O empresário Clovis Ronaldo Mattos da
Silva, 39 anos, participava de uma carreata com seu cavalo mecânico e após
discussão com brigadianos acabou sendo preso à força. Segundo ele, não havia
motivos para a prisão, e acusa os policiais de agressão, mostrando o olho roxo
e diversas escoriações no corpo.
Em sua casa, acompanhado da esposa, irmão, cunhada e os pais, Clovis contou sua versão .
Em sua casa, acompanhado da esposa, irmão, cunhada e os pais, Clovis contou sua versão .
Segundo ele, no caminhão estavam, além
dele, duas sobrinhas e o vereador Marcio Müller. “Logo na saída da carreata, o
pessoal pedia para eu parar o caminhão para tirar fotos. Foi aí a primeira vez
que um policial de moto me disse para não parar”, relata. Clovis conta que a
segunda vez foi na Rua João Pessoa, quando parou o caminhão para a mãe do
vereador Marcio Müller fazer as fotos. “Desta vez o brigadiano disse que se eu
parasse mais uma vez, me prenderia”. O empresário admite que trocou “palavras”
com o policial durante o trajeto. “Não estava achando certa a atitude dele”,
argumenta.
Ao final da carreata, quando os demais caminhões se dirigiram à ARCA, onde haveria o encerramento da festa, ele seguiu para a rótula da RS 287, pois voltaria para casa. Foi quando, segundo ele, percebeu que as viaturas o seguiam.
“Continuei até em casa, não parei numa barreira porque não sabia o que podia me acontecer ali”, observa.
Clóvis diz: “ Estou indignado, não sou um bandido”
Ao final da carreata, quando os demais caminhões se dirigiram à ARCA, onde haveria o encerramento da festa, ele seguiu para a rótula da RS 287, pois voltaria para casa. Foi quando, segundo ele, percebeu que as viaturas o seguiam.
“Continuei até em casa, não parei numa barreira porque não sabia o que podia me acontecer ali”, observa.
Clóvis diz: “ Estou indignado, não sou um bandido”
Quando chegou na empresa, sua sobrinha, de 16 anos, desceu para
abrir o portão do pátio, no que foi impedida por um policial, segundo Clovis.
“Então eles entraram na cabine, algemaram minha mão direita, um policial me
aplicou uma gravata e outro começou a me socar, dizendo que eu tinha tentado
matar ele então eu ia morrer”. Também foram usadas pistolas de choque, de
acordo com Clovis, mostrando diversas marcas nas costas. “Em nenhum momento eu
atentei contra a vida de policial nenhum”, sustenta. Enquanto acontecia a ação
dentro da cabine, ele gritava para que alguém filmasse a cena. “Era um absurdo
o que estava acontecendo”, aponta.
O empresário conta que o espancamento parou somente com a chegada de sua
cunhada. Ele desceu do caminhão e foi levado para o Hospital Montenegro em uma
viatura. “Vieram duas ambulâncias e os policiais não deixaram me levar, apesar
do meu estado”, conta. No HM ele não parava de falar e gritar. “Eu estava
revoltado, não achava certo o que estava acontecendo, eu não sou um bandido”. O
médico que o atendeu observa no laudo que o exame não foi complementado por
falta cooperação do paciente. “Estão dizendo que eu estava bêbado, mas eu bebi
uma cerveja no almoço, e isto aconteceu às seis e meia (18h30min)”. Por
entender que foi vítima de violência policial, Clovis contratou o advogado Odir
Ferreira para acompanhar o caso. Ele registrou ocorrência na DP contra os
brigadianos.
Investigação vai apurar se houve abuso policial:
“Nós estamos abrindo um procedimento administrativo, no qual vamos ouvir todas as partes envolvidas. Como temos a versão dos policiais e temos outra versão do motorista, nos cabe agora contextualizar toda a ocorrência para detectarmos se houve abuso de algum dos policiais”, explicou o major Marcus Vinicius de Sousa Dutra, comandante do 5º BPM. Um oficial da corporação será designado para ouvir as partes (policiais e caminhoneiro) e testemunhas apresentadas.
*Com informações do jornal Fato Novo
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